Modulação do STJ no Sistema S gera disputa e pode impactar empresas

11 de fevereiro de 2025
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Em um movimento que promete impactar o cenário tributário nacional, tanto contribuintes quanto a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apresentaram recursos contra a recente modulação de efeitos definida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em julgamento repetitivo relacionado ao Sistema S. A controvérsia gira em torno da delimitação temporal dos efeitos da decisão, que pode influenciar significativamente o planejamento fiscal de diversas empresas.

O STJ, ao analisar a questão, optou por modular os efeitos de sua decisão, estabelecendo um marco temporal para a aplicação das novas diretrizes. Essa modulação visa equilibrar os interesses do fisco e dos contribuintes, evitando surpresas que possam desestabilizar o ambiente econômico.

Para entender melhor as implicações dessa decisão, conversamos com o advogado Henrique Lima, sócio da Lima & Pegolo Advogados Associados. Ele explicou que a modulação de efeitos é uma ferramenta utilizada pelos tribunais superiores para garantir segurança jurídica e evitar efeitos retroativos que possam prejudicar as partes envolvidas.

Questionado sobre como essa modulação afeta as empresas que contribuem para o Sistema S, Henrique Lima destacou que a definição do marco temporal é crucial. “Dependendo de como for estabelecido esse período, empresas podem ser beneficiadas ou oneradas, especialmente aquelas que já adotavam determinadas práticas fiscais baseadas em entendimentos anteriores”, afirmou.

Ao ser indagado sobre a possibilidade de revisão dessa modulação, o advogado ressaltou que tanto contribuintes quanto a PGFN têm o direito de recorrer, buscando uma decisão mais favorável aos seus interesses. “É natural que ambas as partes busquem a revisão da modulação, visando minimizar impactos financeiros e operacionais”, completou.

Henrique Lima ainda comentou que essa situação evidencia a importância do planejamento tributário e da constante atualização por parte das empresas em relação às decisões dos tribunais superiores. “Manter-se informado e adaptar-se às mudanças jurisprudenciais é fundamental para a saúde financeira e a conformidade legal das organizações”, concluiu.

Essa disputa judicial ressalta a complexidade do sistema tributário brasileiro e a necessidade de acompanhamento atento por parte das empresas e profissionais da área, visando mitigar riscos e aproveitar oportunidades dentro da legalidade.

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